A Bedeteca tem a sua origem em 1990, na primeira Bedeteca do país, a da Comicarte, criada no âmbito da Comissão de Jovens de Ramalde. O acervo então constituído é a base de partida deste novo projecto de criação e salvaguarda de uma biblioteca dedicada à nona arte.
Abrimos portas em Fevereiro e estamos a desenvolver um projecto que queremos distintivo no campo da divulgação e defesa da nona arte.
A revolução antecipou se à revolução. Sopravam (chegavam) ventos de mudança neste jardim à beira mar plantado e naquela primeira metade dos anos 70 surgiam, na BD feita cá, obras que prefiguravam outros sopros, outras temáticas que não a até aí obrigatória e bafienta BD das “descobertas”.
E nós descobrirmos Wania, Escala em Orongo ou Kollanville e percebíamos que havia mais e era possível ainda haver mais.
Nestes 50 anos decorridos, a BD Portuguesa foi uma manancial de experiências falhadas, de promessas quase clandestinas, de autores promissores, mas que ficaram pelo caminho.
Na Cronologia da BD Portuguesa queremos fazer esse levantamento.
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FORMAS FEITAS DE NEVOEIRO VIVO
Herdamos o existir num jogo de coloridas manchas e gravações sobre rochas, aparições, as mais variadas imagens das nossas enraizadas passagens. É como se essas imagens já nos pertencessem, ou, aguardavam nossa espera para que se tornassem luz novamente.
São imagens que vão surgindo e sendo atribuídas de significados ao decorrer da nossa imersão temporal. Elas nunca deixam de revelar. É interessante notar neste revelar a potencialidade para serem “descobertas” diante da luz e da escuridão, onde a luminosidade por vezes esconde, e a escuridão por vezes revela – a nossa existência. Essas projeções construídas por linhas que se atravessam entre si, talhadas sobre uma superfície revela, também, a localização dos nossos sonhos. Essas ordenações da natureza, talvez, sejam, o que nos levou a este encontro. Distante de uma abordagem apenas visual, comum, presumimos que as gravuras/obras que virão a nascer nesta proposta/projeto intencionam a intersecção de expressões artísticas na simbiose das vontades e vozes de um passado e de um futuro premeditados, que nos entrelaça numa “cápsula do tempo”, presente, agora.
FORMAS FEITAS DE NEVOEIRO VIVO é um projecto de exposição, performance e obra sonora para o Museu do Côa e cidade de Vila Nova de Foz Côa. Em Agosto de 2024