OUPA! cidade líquida

01. Tribo

02. Estamos fortes

03. Tempestade num copo de whiskey

04. Salsashit

05. Nosso Fado

06. Nova Ordem

07. Eu não queria

08. Netflix and chill

09. Oupadose

10. À Nossa

Sobre o projeto “OUPA!”:
O projeto começou no Bairro do Cerco em 2015, passou por Ramalde em 2016 e teve a sua terceira edição nos bairros da freguesia de Lordelo do Ouro no ano passado.
Na prática, concretizou-se em residências artísticas de vários meses, com oficinas diárias de escrita, produção musical, vídeo e performance, com vista a estimular o espírito DIY e a autoestima dos jovens, promovendo o sentimento de pertença e a coesão territorial. A intenção foi sempre a de criar um espaço de ação e mudança, na promoção da autonomia artística e a proactividade juvenil, no reforço das identidades individuais e na construção de um espírito de coletivo.

Após três anos consecutivos de oficinas e concertos, o projecto OUPA! fez-se mais ambicioso e, num ano de consolidação do trabalho feito, juntou em colaboração membros dos grupos de Lordelo, Ramalde e Cerco, num mesmo processo criativo.

Ao invés de partir para novos territórios, o OUPA! dedicou o ano de 2018 à profissionalização dos talentos encontrados, através da criação, gravação e edição de um disco comum, que cruza contributos dos seus três territórios. Na consolidação da evolução dos jovens participantes e do seu espírito de colaboração, o álbum que agora se apresenta, serve a unificação e celebração do OUPA! como um só: um só coletivo, um só território, um só corpo de trabalho, a oito vozes, mas com um foco comum. O disco.

Este, além de demonstrar o talento dos seus autores, demonstra a grande vitalidade da cena Rap portuense e o forte traço identitário que o caracteriza, mesmo quando os estilos, as linguagens, os registos e as vozes são múltiplas. Mónica Guedes, Bonaparte, Garcez, LS, Doc, Drunk Nigga, Joca e Ricardinho, trazem-nos dez temas, compostos e escritos por eles, numa celebração da música como força transformadora. O amor, o Rap, a tribo, o país, a festa e a redenção, escritos e cantados por diferentes sensibilidades e timbres, num álbum tão coletivo, quanto uníssono, que é preciso ouvir!